O debate em torno do avanço da inteligência artificial (AI) cresceu nos últimos meses. Principalmente, após o lançamento do comercial que comemora os 70 anos da Volkswagen no Brasil e da chegada do ChatGPT e do Bard, que usam AI para fazer tarefas que envolvem conteúdo. Também, temos a versão beta do aplicativo Photoshop, onde é possível adicionar, ampliar ou remover conteúdo de imagens em segundos, usando comandos de texto.
Essas inovações são o ponto de partida de algo disruptivo, que está alterando a forma como jornalistas e profissionais de marketing trabalham, causando euforia e discordância. Confesso que, num primeiro contato com o ChatGPT pensei, pela primeira vez, que minha profissão estava com os dias contados. Afinal, o jornalista possui um papel fundamental na produção e disseminação do conhecimento. Um conteúdo com credibilidade precisa passar por um extensivo processo de checagem, organização e produção, a fim de evitar equívocos jornalísticos.
Passado o susto inicial, penso que a rEvolução proporcionada pela inteligência artificial pode ser incrível e surpreendente, facilitando o nosso trabalho. Porém, ainda estamos numa etapa inicial do seu desenvolvimento. Nem sempre o comando executa o que esperamos. Ou, nos traz a resposta que queremos.
Ao mesmo tempo em que a tecnologia pode ser usada para o bem, ela também pode ser utilizada para o mal. O questionamento que fica é: E se a consciência sintética se desenvolver a ponto de se rebelar, como no filme O Exterminador do Futuro? Estaríamos preparados para enfrentar os sintéticos? É um bom debate, admito. Até lá, o que podemos fazer é imaginar as possibilidades de um mundo hiper conectado, onde a inteligência artificial pode nos ajudar a melhorar processos, aplicações e, também, a salvar vidas (AI aplicada a saúde).
Por hora, me contento em saber que essas novas tecnologias ainda dependem do ser humano para serem eficientes. Afinal, antes de obter a resposta esperada, é preciso fazer a pergunta certa.